domingo, 9 de outubro de 2016

Capítulo I - Decepção mata e te faz desacreditar

Havia uma caixa entre o meu guarda roupa e o espelho do quarto. Não falo da minha adorável caixa de sapatos, mas um objeto que sempre evitava olhar.

Fazia tempo que não tinha contato com ela e, pouco mais de uma semana eu a destampei. Frases como "encerrarmos o pouco que temos", "não é por causa delas" e "não quero perder o contato, não agora" me faz chorar desesperadamente.

A caixa que falo agora, aos prantos, é a do meu coração desacreditado. Nunca pensei que este dia iria chegar (novamente). Estava contando estes dias, você foi o 8º cara que fiquei por tanto tempo e que foi embora me deixando dor.

Eu sempre soube que não passaríamos disso, mas não sabia que traria a você o desconforto, impaciência e outros sentimentos que, acredito eu, tenha sentido com a minha presença. Te ver agradecendo pelo carinho foi o mesmo que ler "pode ir embora".

Hoje, eu fico procurando o meu pecado, o que eu fiz de errado. Será que te dei muita atenção? As nossas conversas não era o que deveria acontecer? E diante destas dúvidas, a única coisa que tenho certeza é que a sindrome do ursinho de pelúcia está me assombrando, machucando. Dói.

Você não tem ideia o quanto eu invejo "elas". O seu beijo é "delas", o teu carinho, abraço, toque, corpo também pertence a famosa "delas".

Juro que tentei conter cada lágrima que ameaçou a correr, mas uma pessoa me convenceu que eu preciso colocar para fora tudo que está acumulado. Eu fiz isso. Chorei por mais de uma hora. E não foi apenas por decepção mas, a saudade tomou conta de tudo. Lembrei de tudo que eu não gostaria de lembrar. Apesar de ser o número 8 da lista dos caras que me fizeram chorar, você foi o único que me fez soluçar por saudade.

Eu sinto a sua falta. Se eu te contar quantas vezes eu sonhei contigo apenas esta semana, juro que não acreditaria. Se eu contar que entre as palavras que escrevi aqui, solucei diversas vezes. Eu quero tanto te dizer para voltar, mas infelizmente (ou felizmente) eu tenho que respeitar a sua vontade.

Não vou dizer que te amo, porque eu não o amo. O que eu sinto não é paixão, pois o dono da paixão avassaladora já passou por aqui. Mas gosto tanto de você, e agora eu apenas consigo dizer "estou com saudade, volta".

E aqui se vai uma despedida que eu não quero aceitar, mas não posso desrespeitar. Mas quando quiser, volte. Eu sinto muito a sua falta.

Sem mais,